Durante a COP29, o Atlas Solar do Amapá foi apresentado como uma iniciativa que impulsiona a transição energética sustentável na região.

A Amazônia, com sua vastidão de recursos naturais, está cada vez mais próxima de se tornar um polo de energias renováveis. Além da conservação ambiental, a transformação da região em uma fonte sustentável de energia representa uma oportunidade de desenvolvimento que respeita o ecossistema único da floresta.
Nesta terça-feira, 12, no Hub Amazônia na COP29, em Baku, o Atlas Solar do Amapá foi destaque como exemplo de sustentabilidade e inovação. O projeto, que mapeia o potencial solar do estado, visa transformar o Amapá em um polo de energia renovável, aproveitando sua localização estratégica na Amazônia.

Segundo o governador do estado, Clécio Luís, a iniciativa busca atrair investidores que buscam por um investimento seguro. “Este aqui é um dos meios que nós estamos propondo para o desenvolvimento sustentável do Amapá e da Amazônia. A ideia é que com este atlas, participantes da COP, empresários, possam investir em energia renovável com grau elevado de segurança política, jurídica e ambiental”, destacou.
O atlas estima que o Amapá possui capacidade para gerar até 72 vezes sua demanda atual, promovendo oportunidades de investimentos verdes. Esse avanço permitirá à região reduzir emissões de carbono, preservar o ecossistema e desenvolver modelos de energia que respeitam a floresta.

Outro ponto central do estudo é o destaque do papel das comunidades locais. A inclusão das populações tradicionais e indígenas – que têm conhecimento profundo sobre o ecossistema – assegura uma implementação mais eficaz e adaptada ao contexto amazônico. Essas comunidades se beneficiam com a geração de empregos, capacitação técnica e novas oportunidades econômicas, contribuindo diretamente para a preservação e o desenvolvimento sustentável da região.
Com a apresentação do atlas na COP29, o governo do Amapá espera atrair investimentos e formar uma rede de profissionais especializados, mostrando, assim, que a Amazônia pode ser protagonista na transição energética aliando soluções que respeitam a biodiversidade da floresta ao mesmo tempo em que geram oportunidades econômicas.
Gabriela Camargos
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