Evento reuniu representantes dos estados, governo federal e setor privado para debater soluções sustentáveis para o transporte fluvial na Amazônia Brasileira

Discutir as hidrovias e o transporte fluvial na Amazônia é um desafio que exige atenção a diversos fatores socioeconômicos, ambientais e logísticos. Com esse propósito, a Câmara Setorial de Infraestrutura, Transporte e Logística do Consórcio da Amazônia Legal idealizou o evento “Construindo um Transporte Fluvial Eficiente, Inclusivo, Resiliente e Sustentável na Amazônia”, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Governo Federal, pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
O objetivo do evento foi aprofundar e compartilhar os desafios do transporte fluvial na Amazônia; identificar eixos prioritários para investimentos, aprimoramento de políticas públicas e reformas regulatórias nos níveis federal e estadual e propor agenda de trabalho dos Bancos de Desenvolvimento.

A abertura do evento contou com a presença de Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio da Amazônia Legal, e de representantes de instituições essenciais para o debate: Reinaldo Fioravante, Especialista Principal de Transporte do BID, Luis Andres, Líder do Setor Infraestrutura e Água e Economista Líder do Banco Mundial (BM), Dino Antunes Dias Batista, Secretário Nacional de Hidrovias do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), Adriana Melo Alves, Secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e Eduardo Corrêa Tavares Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros também do MIDR.
Durante sua fala inicial, Marcello Brito destacou a relevância do desenvolvimento sustentável para a Amazônia e a importância da logística como suporte à bioeconomia. “Precisamos encontrar modelos sustentáveis e financeiramente viáveis para acessar mercados. Tudo passa por uma estrutura eficiente de logística. Não adianta falarmos de bioeconomia na Amazônia sem que diálogos como este avancem”, enfatizou Brito.
Representantes dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso compartilharam um panorama sobre a realidade das hidrovias em suas regiões e apresentaram projetos estruturantes voltados ao setor.
A assessora Victoria Holanda de Brito, da Secretaria de Infraestrutura do Amazonas, destacou a importância de espaços de diálogo como o evento para enfrentar os desafios regionais. “Meu estado sofre muito com a falta de conectividade e é altamente dependente do transporte fluvial. A realização de workshops como este, que permitem a troca de experiências entre estados da Amazônia e com agentes interessados no desenvolvimento do setor, é extremamente relevante”.
O evento marcou um passo importante no debate sobre transporte fluvial na Amazônia, unindo esforços de governos estaduais, instituições federais e parceiros internacionais para desenvolver soluções que equilibrem eficiência logística, inclusão social e sustentabilidade ambiental.
Também participaram do evento representantes da ANTAQ, DNIT, Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, BNDES, CNT, Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (ABANI), Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL), Marinha do Brasil e alguns empresários amazônidas que atuam no setor de transportes fluviais.
Rafaelle Silva
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