CAL, GIZ e EMBOÉ promovem oficina com as SEPIs para construção de projeto ao Fundo Amazônia
- comunicacao /SECOM
- 18 de jul.
- 2 min de leitura

Entre os dias 15 e 17 de julho de 2025, o Consórcio da Amazônia Legal (CAL), em parceria com a Cooperação Alemã GIZ, por meio do projeto Action for Forests (A4F), realizou uma oficina inédita voltada à elaboração de um projeto regional para fortalecimento das Secretarias Estaduais dos Povos Indígenas (SEPIs). A atividade contou ainda com o apoio técnico da consultoria Emboé e o suporte logístico da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que cedeu o auditório para os três dias de trabalho intenso.
A proposta central da oficina foi construir de forma colaborativa uma proposta estruturada e viável para submissão ao Fundo Amazônia, com foco no fortalecimento institucional das SEPIs, promoção do protagonismo indígena e apoio às cadeias produtivas da sociobiodiversidade. O encontro reuniu representantes de órgãos estaduais indígenas de toda a Amazônia Legal, além de equipes do CAL e da GIZ, que atuaram de maneira integrada no desenho técnico do projeto.
Durante a programação, os participantes mergulharam em dinâmicas colaborativas guiadas por ferramentas de planejamento estratégico, como o modelo de resultados, o quadro lógico, a análise de riscos e o mapeamento de atores-chave. A metodologia da oficina, construída com base na escuta ativa e valorização dos saberes locais, priorizou o diálogo entre diferentes perspectivas dos territórios indígenas da região.

Ao final dos três dias, uma primeira minuta do projeto foi construída de forma conjunta, com um objetivo central claro:
“Fomentar as cadeias produtivas da sociobiodiversidade nos territórios indígenas, valorizar sua cultura, apoiar seu ordenamento e gestão, promover a troca e geração de conhecimentos e fortalecer a atuação das SEPIs para a redução do desmatamento com desenvolvimento sustentável”.
Esse objetivo se desdobra em três componentes estratégicos: o primeiro dedicado ao fortalecimento institucional e à sistematização de dados; o segundo voltado à ampliação da capacidade técnica das SEPIs; e o terceiro, focado no protagonismo indígena na gestão territorial, valorização cultural e dinamização de economias sustentáveis nos territórios.

Para Rosilene Guajajara, secretária adjunta dos Povos Indígenas do Maranhão, o momento é simbólico e necessário. Como somos secretarias novas, buscamos fortalecer ainda mais os trabalhos. Por isso, esse esforço conjunto é extremamente importante. Este projeto é grande e vai contemplar toda a Amazônia Brasileira”.

A relevância do encontro também foi destacada por Gasodá Suruí, superintendente dos Povos Indígenas de Rondônia. “Queremos buscar recursos para fortalecer ainda mais as secretarias da Amazônia e garantir que políticas públicas cheguem de fato aos territórios. Essa oficina foi muito importante porque foi feita de forma participativa”.
A iniciativa integra a agenda da Câmara Setorial de Povos Indígenas do CAL e marca um passo importante na mobilização dos estados da Amazônia Legal rumo à valorização das instituições indígenas e à captação de recursos estratégicos para o combate ao desmatamento e promoção do desenvolvimento sustentável.
Agora, a proposta será refinada tecnicamente pelas equipes envolvidas, com vistas à sua futura apresentação ao Fundo Amazônia.
Rafaelle Silva
Comentários